Os portos brasileiros movimentaram 1 bilhão e 6 milhões de toneladas de cargas no ano passado. O volume é 3,9% maior do que o resultado obtido em 2014, 968,87 milhões de toneladas. Os dados fazem parte de um levantamento da Secretaria de Portos (SEP) e estão reunidos na plataforma WebPortos, lançada pela pasta na quarta-feira (17).

“Estamos muito otimistas com o desempenho dos portos em 2016 e acredito que vamos continuar na linha crescente de volume de carga transportada, como ocorreu em 2015, quando batemos recorde, ultrapassando a marca de 1 bilhão de toneladas movimentadas em nossos portos”, destacou o ministro, Helder Barbalho.

Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, o novo sistema reúne informações de todos os portos brasileiros. Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), das companhias docas e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística são concentrados no portal, que pode ser acessado pelo site www.portosdobrasil.gov.br.

“Nossa intenção é continuar agregando mais informações e fazendo aprimoramentos em nosso sistema para que o WebPortos seja uma referência em termos de transparência, com acesso pleno, atualizações permanentes e dados seguros, tudo para orientar a tomada de decisão de investimento”, explicou o ministro.

Conforme o levantamento da SEP, 62,75% das cargas movimentadas nos portos foram de granéis sólidos. Em seguida, 23,37% correspondiam às operações de granéis líquidos, 9,87%, de contêineres e 5,01% de carga solta. Por tipo de carga específica, o destaque foi o minério de ferro, com 364 milhões de toneladas, uma alta de 5,35%.

O WebPortos também aponta que, no ano passado, os terminais de uso privado (TUP) responderam por 64,58% das movimentações portuárias. De acordo com o diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados, Murillo Barbosa, a nova plataforma será uma excelente fonte de consulta para o setor portuário.

“A precisão das informações e a confiabilidade das fontes que alimentarão o sistema, sem dúvida, vão viabilizar uma análise mais objetiva do setor, pois teremos acesso, por exemplo, aos tipos de cargas e ao perfil do porto que tem contribuído com o crescimento do setor. Seja o operador ou o governo, todos ganham com a implantação de um sistema que tende a nortear investimentos futuros”, destacou.

Fonte: A Tribuna online