O presidente da Praticagem de São Paulo, Cláudio Paulino Costa Rodrigues, defende a realização de novos estudos sobre o canal do Porto de Santos, analisando as correntes marítimas, as variações de maré, a salinidade da água e a velocidade e a direção dos ventos. A partir dessas pesquisas, será possível entender as causas de fenômenos como as recentes erosões nas faixas de areia da Praia do Góes (Guarujá) e da Ponta da Praia (Santos) e melhor avaliar o constante assoreamento (depósito de sedimentos no leito) na via marítima, explicou.

Rodrigues destacou a importância desses trabalhos durante visita aos diretores de A Tribuna Marcos Clemente Santini, diretor-presidente, e Paulo Naef, diretor-superintendente. Ele estava acompanhado pelo vice-presidente da Praticagem de São Paulo, Nilson Ferreira Santos, e pelo ex-presidente da entidade e atual secretário do Sindicato dos Práticos dos Portos do Estado de São Paulo, Paulo Sérgio Barbosa.

Desenvolvimento

Para o presidente da Praticagem, a realização de novos estudos sobre o canal é “essencial” para o desenvolvimento do Porto. Ele lembra que, desde o final dos anos 90, não é feita uma pesquisa semelhante. “Nesses 15 anos, o Porto mudou. Naquela época, a dragagem estava parada, os navios tinham um porte bem menor e a própria economia do País era diferente”, afirmou.

Para incentivar esses estudos, a Praticagem tem firmado parcerias com universidades da região e da Capital, repassando dados sobre o canal captados por sensores que mantêm no estuário.

Essas informações são reunidas no Centro de Coordenação, Comunicações e Operações de Tráfego (C3OT) da entidade, que auxilia os práticos em sua tarefa de orientar os oficiais dos navios na navegação pelas áreas abrigadas do Porto.

FONTE: A TRIBUNA